Compartilhamos os destaques da nossa CARTA MENSAL AWARE ref. setembro/2025.
No arquivo completo anexo, encontrará nossa análise mensal.
Internacional
- EUA: O impasse orçamentário entre democratas e republicanos levou ao shutdown do governo federal, paralisando parte da administração e deixando o Fed “voando às cegas” na calibragem da política monetária. A desinflação segue lenta (núcleo do PCE +0,2%) e o PMI industrial recuou para 49,1, sinalizando perda de tração. A retórica protecionista e os novos tarifaços de Trump aumentam incertezas e pressionam o comércio global.
- Europa: PMI composto da zona do euro avançou a 51,2, máxima em 16 meses, mas com recuperação desigual e frágil. Alemanha registra retração industrial e desemprego maior; Reino Unido enfrenta dilema entre inflação resistente e crescimento fraco. Lagarde mantém tom otimista, mas o risco fiscal e geopolítico (Ucrânia) ainda é o principal ponto de alerta.
- China/Japão: China lança o plano “China 2030”, priorizando tecnologia e demanda interna, mas enfrenta queda industrial pelo sexto mês seguido. Japão cresce acima do esperado, mas o BoJ mantém postura cautelosa diante de inflação elevada e incertezas salariais. O iene oscila com a disputa política e o fluxo recorde de capital estrangeiro para a Ásia.
- América Latina: A Argentina mergulha em nova crise cambial e política — o peso segue em queda e Milei perde apoio em Buenos Aires. No Chile, o ambiente eleitoral e promessas fiscais expansionistas aumentam o risco de desequilíbrio e fuga de capitais.
Brasil
- Atividade: O PIB mantém trajetória de desaceleração após alta de 0,4% no 2T25. Consumo e crédito arrefecem, e o mercado de trabalho começa a perder fôlego (desemprego em 5,8%).
- Inflação & Juros: IPCA acumulado em 12 meses fica em 5,1%; o real se valorizou com diferencial de juros elevado e fluxo positivo. O BC manteve a Selic em 15%, sinalizando estabilidade prolongada até 2026 e início gradual de cortes apenas no próximo ano.
- Fiscal: Pressões por novos gastos — como subsídios, reajustes e investimentos — somam mais de R$ 100 bi em potencial, mantendo o risco fiscal como principal foco de atenção.
- Síntese: O cenário doméstico combina crescimento moderado, inflação sob controle e política monetária restritiva. O real forte e a comunicação firme do BC ajudam a ancorar expectativas, mas o desequilíbrio fiscal limita avanços.
Bolsas | Juros & Câmbio
- Bolsas globais: setembro foi de recuperação — S&P 500 +3,5%, Nasdaq +5,6%, Euro Stoxx 50 +2,4%. Expectativas de cortes pelo Fed reforçaram o apetite a risco.
- Brasil: Ibovespa +3,4% (melhor mês desde 2019), renovando recorde nominal em 144 mil pontos; fluxo estrangeiro positivo e real valorizado (+2%).
- Juros: curva local achatou — leve alta nos curtos e queda nos longos — com percepção de juros altos por mais tempo.
- Câmbio & Ouro: dólar recuou a R$ 5,32; ouro segue forte, próximo de US$ 4 mil/onça, sustentado por demanda de bancos centrais e incertezas geopolíticas.
Perspectivas
- EUA: Fed deve iniciar cortes graduais entre o 4T25 e o 1T26; risco político e fiscal seguem no centro das atenções.
- Europa: recuperação limitada e vulnerabilidade fiscal persistem; foco em setores defensivos.
- Brasil: estabilidade da Selic até consolidação fiscal e queda sustentada da inflação; volatilidade deve aumentar com aproximação eleitoral.
- Mercados: setembro marcou retomada dos ativos de risco — mantemos recomendação de portfólios equilibrados, com diversificação global e postura seletiva no Brasil.
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